quarta-feira, 29 de agosto de 2007

OS HOMENS...

(Queria começar por dizer que as seguintes considerações por mim tecidas, baseiam-se unicamente na minha “cara-metade” e em mim própria; como tal não pretendo generalizar, pois como seres individuais que somos, cada um de nós tem a sua própria personalidade. Assim, é provável que alguns de vós discordem da minha opinião, mas como estamos num país onde se proclama a ‘Liberdade de Expressão’, decidi colocar aqui a minha...)

Nos últimos dias fiquei agradavelmente surpreendida ao me aperceber da afluência masculina ao Fórum da API. É uma afluência ainda tímida, é certo, mas é tão positiva!
Não sei se acontece com mais alguém, mas em mim desperta sentimentos de SEGURANÇA, PROTECÇÃO, e acima de tudo CUMPLICIDADE e COMPREENSÃO.

Desde pequena sempre ouvi dizer que o Homem é o sexo forte, e muito embora ainda hoje não perceba em que parâmetros se apoiaram para chegar a este pressuposto, sou obrigada a admitir que muitas vezes sinto necessidade de ter um ombro onde me apoiar, um braço forte que me faça erguer das imensas quedas, uma mão que me ensine o caminho a percorrer... Preciso de alguém mais forte que eu; não tanto a nível físico mas a nível emocional.
Nesse aspecto até posso dizer que tive sorte, pois a minha “cara-metade” é um autêntico rochedo!
Mas será isso bom?
Dou comigo a pensar se toda esta consistência emocional será real ou se será simplesmente uma “artimanha” usada para se protegerem das desilusões, percalços e provações que têm que encarar...

Para alguns deles, a negação do problema é a solução ideal.

No meu ponto de vista, nós mulheres temos a inata capacidade de ao encarar as situações adversas, rapidamente tentar conhecer quais as soluções disponíveis para as colocarmos em prática. Basicamente, não dispendemos as nossas energias no problema em si, mas sim nas formas de resolvê-lo. É óbvio que todo este processo não é feito de ânimo leve, nem desprovido de emoções... Nós choramos, nós sofremos, angustiamo-nos e desesperamos, mas sem demora levantamos a cabeça e seguimos em frente.
Acho que é aqui que reside a grande diferença entre Homens e Mulheres.
Eles prendem-se mais ao “Porquê...?” (“Porque é que isto está a acontecer?”; “Porquê só agora?”) do que ao “Como...?” (“Como resolver?”; “Como enfrentar?”), e talvez seja por isso que necessitam de mais tempo para realmente assimilar o problema na sua totalidade e resolverem “meter mãos à obra”. E neste âmbito, creio que a Infertilidade Masculina (já que a Feminina é mais facilmente aceite por eles) é talvez um dos maiores e mais difíceis ‘assuntos’ de encarar; pois mexe como a sua Essência enquanto homens, com os seus dotes de “macho”... É difícil... Eu sei... Mas é necessário que os nossos Homens também chorem, também se desesperem e sofram connosco de forma visível (nós sabemos que a dor e a tristeza efectivamente estão lá, mas muitas vezes não são demonstradas nem tão pouco compartilhadas) essa é a prova de que aceitaram o problema e estão a aprender a encarar e a lidar com este ‘monstro’.
E nós mulheres... Qual é o nosso papel no que se prende aos nossos Homens?
Deixemos de exigir que sejam eles fortes por nós, que sejam eles apenas a nos amparem, nos acarinharem; também eles precisam de se sentir seguros, amparados, acarinhados e, quem sabe, até protegidos. Afinal, esta é uma caminhada a DOIS...

Para finalizar, quero deixar explícito que para mim (e acredito que para a maioria das Mulheres), Homem com “H” maiúsculo não é aquele que apenas tem uma capacidade excepcional para procriar e que grita isso aos “sete ventos”, mas sim aquele que é capaz de chorar ao enfrentar os problemas e de rir ao solucioná-los, é o que demostra ter emoções e as partilha. Isso sim, é ser um Homem; e nós mulheres temos orgulho e admiração por Homens assim!

Bem-Hajam HOMENS!!!


Birdie**

terça-feira, 28 de agosto de 2007

QUE GRANDE SECA!

Resolvi colocar aqui umas palavrinhas, não vão vocês deixar de me visitar só porque não tenho novidades...

Mas que isto está uma seca, ai isso está!!! Não consigo encontrar nenhum motivo suficientemente válido para colocar aqui...

Apenas vos digo que aguardo ansiosamente a minha consulta na IVI de Sevilha! Recentemente têm havido algumas mensagens no Fórum da API sobre esta clínica. Têm sido comentários bastante positivos, mas independentemente da imagem que já está há muito formada na minha cabeça, desejo ser eu mesma a comprovar a "positividade" (será que esta palavra existe??? Acho que não...) da mesma. Tenho medo de ter criado expectativas demasiado elevadas, e de me desiludir... Espero bem que não...

Bem... Acho que mesmo sem grande motivo, acabei por escrever aqui qualquer coisinha!!!

Ah! E não me abandonem... pleeaassee!! Prometo que daqui por alguns dias este cantinho vai estar a "rebentar pelas costuras" de tantas novidades, e que eu espero sejam óptimas!!!

Fiquem bem!

Birdie**

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

SEM...

... novidades;
... paciência;
... tempo;
... vontade de escrever.

Birdie**

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

BEM-VINDOS BEBÉS!

O dia de ontem foi pródigo em nascimentos (pelo menos cá pelos meus lados)!

O G. nasceu ontem à 01,45h de cesariana. Pesava 2,130 kg e media 44 cm - é um autêntico bonequinho e lindo que só ele! Parabéns aos meus grandes amigos R. e G. pelo rebentinho! Aproveito para informar que o G. é fruto de uma FIV feita na IVI de Sevilha!!

A C. também nasceu ontem ás 21,31h de cesariana. Pesava 3,170 kg! Parabéns à C. e ao P.!

Espero que a vida sorria a estes dois bebés e que a Felicidade seja uma constante na sua vida.

Uma beijoca,

Birdie**

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

INÍCIO...

Não tenho escrito nada de especial porque também não tenho nada de importante ou relevante para contar; no entanto hoje iniciei uma nova caminhada nesta minha luta contra a Infertilidade. Apesar de apenas ter consulta na IVI no início do mês que vem, fui hoje fazer as análises para iniciar um futuro tratamento. Quero levar já alguma informação clínica para ver se encurto caminho... Estou também a pensar pedir ao meu Ginecologista um relatório do meu historial para levar. Será boa ideia?

Hoje também senti na pele os chamados "efeitos colaterais" desta m**** de doença: Quando me dirigi ao laboratório, em cima da bancada de atendimento estava um pedido de análises de uma mulher de 32 anos (chamou-me a atenção a idade) onde o motivo estava escrito em letras garrafais - GRAVIDEZ! Senti uma tal tristeza que não soube explicar... Pensei: Quando será que trago uma requisição com o mesmo motivo? Para ajudar à festa, entrou uma grávida + a sua imponente barriga - E que grávida linda... Parecia que emanava LUZ! Que inveja, meu Deus... Claro que tentei disfarçar a tristeza que ía na alma, mas por mais incrível que pareça, não consegui tirar os olhos dela... Cada vez mais me deparo com as injustiças deste mundo... Não deveriam todas as mulheres poder sentir e viver este 'estado de graça'? Não foi para isso que Deus nos criou? Então porque é que tantos milhões de mulheres neste mundo não conseguem levar a cabo esta tarefa para a qual foram criadas? Enfim, são perguntas para as quais ainda não tenho resposta...

Desculpem o meu tom azedo, mas como vocês sabem não é fácil... Ainda mais quando este nosso 'problemazito' é relegado para um plano secundário em detrimento de outro acontecimento, por parte de pessoas com as quais contávamos... Estou desiludida... (Foi apenas um desabafo do meu coração triste, mas vai passar, tenho a certeza).

E assim vos deixo por hoje.

Um beijinho,

Birdie**

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

SER FELIZ...

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem de ouvir um ‘não’. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."


Fernando Pessoa - 70º Aniversário da sua morte

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

POR CÁ...

Não há novidades... O tempo vai passando lento, lento; ou não estivessemos nós no Verão!

Aguardo ansiosamente a chegada do mês de Setembro, pois aí irá começar uma nova caminhada que, espero, seja coroada de glória.

Tive muita pena de não poder estar presente no lanche do dia 5 de Agosto, mas tinha compromissos já agendados e que não podiam ser alterados, no entanto, sei que correu muito bem e que o 'nosso' projecto caminha a velocidade de cruzeiro! Aproveito, mais uma vez, para dizer que estarei disponível para o que fôr preciso.

E de momento é o que se arranja... (em termos de novidades!)

Beijocas,

Birdie**

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

CARTA DE UMA MULHER AO MUNDO

Sabe que a amas e queres que sejas feliz, e que gostavas q ela voltasse a ser a mesma de antes. Mas ultimamente ela parece ansiosa, deprimida e obcecada com a ideia de ter um bebé. Provavelmente é dificil para ti entender porque ficar grávida é tão importante e parece ocupar cada segundo da sua vida. Espera que depois de leres este folheto escrito por psicólogos com experiência no tema entendas melhor a dor que ela está a sentir. Este folheto também te dirá como podes ajudá-la.

ALGUNS EFEITOS DA INFERTILIDADE
Pode suprender-te que uma em cada 6 mulheres que querem ter um bebé, não podem conceber. Há muitas razões possíveis: O bloqueio das trompas de Falópio, o mau funcionamento ovárico, desiquilíbrios hormonais, exposição a substâncias tóxicas, uma baixa quantidade de espermatozóides do marido, entre outras. E ainda quando uma mulher chega aos 35 anos de idade, fica mais difícil engravidar, principalmente porque muitos dos óvulos que expulsa são de baixa qualidade. Todas estas barreiras para engravidar são físicas ou fisiológicas, não psicológicas. As trompas não se bloqueiam porque a mulher está "se esforçando muito" para ficar grávida. Os anticorpos que matam o esperma não desaparecem se a mulher simplesmente relaxar. E um homem não pode fazer com que o seu esperma se mova mais rapidamente se tiver uma atitude mais optimista.

SOBRE OS CONSELHOS BEM INTENCIONADOS
Quando alguém que gostamos tem um problema, é natural tentarmos ajudar. Se não houver nada específico que possamos fazer, tentamos dar um conselho. Muitas vezes utilizamos as nossas experiências pessoais ou casos que envolvam outras pessoas que conhecemos. Recordas uma amiga que tinha problemas para ficar grávida até que ela e o seu marido foram de férias a uma ilha tropical e ela finalmente ficou grávida. Por isso te ocorre sugerir que ela e o seu marido também tirem umas férias dessas.... Ela aprecia o teu conselho, mas ela não pode aproveitar essa sugestão devido à natureza física do seu problema. Não só isso, como essa ideia a molesta muito. Provavelmente as pessoas a invadem com sugestões destas a todo o momento. Imagina o frustrante que deve ser para ela ouvir falar de outros casais que "magicamente" conceberam durante umas férias, simplesmente fazendo amor. Para ela, que está num tratamento de infertilidade, fazer amor e conceber um filho não se relacionam muito. Não podes imaginar o tão duro que é estar tentando ter o seu bebé e tão desanimada que se sente cada mês quando se dá conta que falhou outra vez. O teu conselho bem intencionado é um esforço para transformar um problema extremamente complicado num problema demasiadamente simplificado. Ao simplificar o seu problema desta maneira, diminuis a validez das suas emoções, fazendo-a sentir pouco valorizada psicologicamente. Naturalmente ela se sentirá enfadada e aborrecida contigo nestas circunstâncias. A verdade é que não há nada de concreto que possas fazer para ajudá- la. A melhor ajuda que podes dar é a tua compreensão e apoio. É mais fácil apoiá-la se apreciares o quanto é devastadora a incapacidade de ter um bebé.

POR QUE NÃO TER UM BÉBE PODE SER TÃO DEVASTADOR?
As mulheres são criadas com a expectativa de terem um bebé um dia. Sempre pensaram ser mães desde que brincam com as bonecas. Quando ela pensa que não pode ter um bebé, sente-se como "mulher defeituosa". Não ter um bebé pode ser um factor de vida ou de morte. Na Bíblia, Raquel era estéril. Ela disse a Jacob "dai-me filhos ou morrerei...."(Génesis 30). Fazendo um comentário sobre isto, alguns sábios disseram "alguém que não tem filhos é considerado morto". Tão poderosos são os sentimentos relacionados com a infertilidade, que a pessoa pode se sentir morta, ou mesmo querer morrer. Por agora ela nem sequer está segura que terá um bebé.

O QUE OFERECE A MEDICINA MODERNA Á MULHER INFERTIL?
Na década passada a medicina reprodutiva fez grandes avanços. O uso de drogas como o Pregonal pode aumentar o número e tamanho dos óvulos que a mulher produz, aumentando as suas oportunidades de fertilização. Na técnica de fertilização in vitro (FIV) extrai-se os óvulos da mulher e junta-se com o esperma do homem num "tubo de ensaio" e realiza-se a fertilização no laboratório. O embrião é colocado depois no útero da mulher. Também existem outras técnicas de reprodução. Apesar das esperanças que estas técnicas oferecem são um "osso difícil de roer". Alguns procedimentos de alta tecnologia se oferecem só em alguns lugares, o que pode obrigar a viajar grandes distâncias. Quando o tratamento está disponível localmente, a paciente deve suportar as visitas correntes ao médico, aplicar injecções diariamente, compatibilizar o trabalho e a vida social com esses procedimentos e dispor de consideráveis somas de dinheiro, que podem ou não ser reembolsadas pelos seguros. Tudo isto é acompanhado por uma série de exames que podem ser embaraçosos e dolorosos.. A infertilidade é uma condição médica muito pessoal, que ela não pode compartilhar com o seu patrão. Por isso tem de inventar desculpas cada vez que o seu tratamento coincide com o seu trabalho. Depois de cada esforço médico para ficar grávida, ela deve aguentar a espera que é salpicada com ondas de optimismo e pessimismo. É uma montanha russa emocional. Não sabe se os seus peitos inchados são um sinal de gravidez ou um efeito secundário das drogas de infertilidade. Se vê uma mancha de sangue na sua roupa interior, não sabe se é o embrião a implantar-se ou se é o período que está a começar. Se não fica grávida depois de um procedimento in vitro, pode sentir como se o seu bebé tivesse morrido. Ela tenta viver com este tumulto emocional, se a convidam para uma festa de boas vindas ao bebé de uma amiga ou um baptizado, se sabe que uma amiga ou colega está grávida, ou um dia lê uma história de um recém nascido abandonado, podes imaginar a sua angustia e a sua raiva com as injustiças da vida? Dado que a infertilidade penetra em quase todas as facetas da sua vida, como pode surprenderte que ela esteja obcecada em chegar à sua meta?????? Cada mês, ela se pergunta se este mês será finalmente o seu mês. E se não é, se pergunta se tem energia para tentar de novo. Poderá custear outro procedimento médico? Quanto tempo mais continuará o seu marido a apoiá-la? Será obrigada a abandonar o seu sonho? Por tudo isto quando falares com ela tenta sentir empatia com as cargas que tem na sua mente e no seu coração. Ela sabe que te preocupas com ela, e pode necessitar falar contigo sobre o que está vivendo. Mas ela sabe que não há nada que possas fazer ou dizer para ajudá-la a engravidar. Ela teme que lhe faças uma sugestão que lhe cause ainda mais desespero.

QUE PODES FAZER POR ELA?
Podes dar-lhe apoio e não criticares nenhum dos passos que ela está a tomar para proteger-se de um trauma emocional. Podes dizer-lhe algo como: "preocupo-me contigo. Depois de ler este folheto, tenho uma ideia do duro que isto deve ser para ti. Desejava poder ajudar-te. Estou aqui para te ouvir e chorar contigo, se sentires vontade de chorar. Estou aqui para animar-te quando te sentires sem esperança. Podes falar comigo. Preocupo-me contigo" O mais importante que deves recordar é que ela está perturbada e muito angustiada. Escuta-a, mas não a julgues. Não tornes pequenos os seus sentimentos. Não tentes querer fazer ver que tudo está bem. Não lhe vendas fatalismo com declarações como "o que tiver que ser será". Se esse fosse o seu caso, qual seria o objectivo de usar a tecnologia médica para conseguir algo que a natureza não pode? A tua vontade em escutá-la podem ser uma grande ajuda. As mulheres inférteis sentem-se à parte das outras pessoas. A tua habilidade de ouvi-la e apoiá-la ajuda-a a manejar toda a tensão que está a experimentar. A sua infertilidade é uma das situações mais dificeis que ela terá de enfrentar.

EXEMPLOS DE SITUAÇÕES PROBLEMÁTICAS
Assim como um quarto desarrumado pode ser um lugar cheio de obstáculos no caminho de uma pessoa cega, a vida quotidiana pode estar cheia de dificuldades para uma mulher infértil, dificuldades essas que não existem para as mulheres com filhos. Vai a casa de uma cunhada para uma reunião familiar. A sua prima está a dar de mamar ao seu bebé. Os homens estão a ver um jogo de futebol que passa na tv, as mulheres falam sobre os filhos. Ela sente-se distanciada e excluída. O dia de Natal e Passagem de ano são exemplos das muitas festas que são particularmente difíceis para ela. Nestas festas ela recorda o que pensou o ano passado: que no próximo ano, ela teria o seu filho ou filha para mostrar à sua família. Cada festa representa uma complicação para a mulher que não pode ser mãe. No dia se São Valentim ela recorda o seu romance, amor, casamento e a família que ela sonhou formar. O dia da mãe e o dia do pai? São dificuldades óbvias. Actividades mundanas como caminhar na rua ou ir ás compras a um centro comercial estão cheias de ratoeiras para estas mulheres. Ver as outras mulheres a empurrar os carrinhos dos seus bebés a afectam. Quando ela vê televisão é bombardeada por comerciais de artigos de bebé. Numa festa alguém lhe pergunta há quanto tempo é casada e se tem filhos. Sente vontade de sair a correr, mas não pode. Se ela falar sobre a sua infertilidade é provável que oiça um conselho bem intencionado, do tipo que ela menos necessita. "relaxa-te, não te preocupes, quando menos esperares...", ou "tens sorte. Eu estou farta dos meus filhos, gostaria de ter a tua liberdade". Estes são o tipo de comentários que fazem com que ela tenha vontade de esconder-se debaixo da mesa. Refugiar-se no trabalho e na carreira profissional nem sempre é possível. Ver cada mês que o seu sonho não se cumpre, pode dificultar ter energia para avançar na sua carreira. Ao seu redor as colegas de trabalho vão ficando grávidas.

RESUMINDO
Porque não pode ter filhos, a vida é sumariamente stressante para ela. Está a fazer o melhor que pode para sobreviver a esta situação. Por favor entende. Ás vezes ela está deprimida, outras está ansiosa. Algumas vezes estará fisica e emocionalmente exausta. Ela não vai ser a mesma de antes. Quem sabe não vai querer fazer muitas das coisas que antes fazia. Não tem alguma ideia de quando, e se, o seu problema será resolvido. Quem sabe se algum dia ela terá êxito, ou se renderá e opte pela adopção, ou assuma uma vida sem filhos. Na actualidade ela não sabe o que se vai passar. Tem que ir levando as coisas dia a dia. Não sabe porque tem de passar por isto tudo. A única coisa que sabe é que tem de viver com uma angustia horrível todos os dias.
Por favor olha por ela, ela necessita e deseja isso.

É lindo, não é?? Tirei do fórum da API (com algumas pequenas alterações), não sei quem é o autor, mas está tudo lá... ADOREI!

Birdie**